Coisas da Vida

Olá seja bem vindo! Este blog nada mais é do que um espaço do qual sem pretensões ou empáfia, compartilho de coisas que vejo, coisas que ouço, coisas que vivencio, nesta jornada existencial!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ÁGUA DOCE E ÁGUA AMARGA!


ÁGUA DOCE E ÁGUA AMARGA!

      Meus amigos, hoje estou dominado por um mosaico de sentimentos, digo um “mosaico” por não saber distinguir que cor sobressai a outra. É assim um mosaico, cheio de cores, tantas cores que não sabemos se há alguma que sobressai a outra, só sabemos que cada cor compõe o vitral. Nesse meu vitral chamado sentimento existem várias cores. Hoje talvez exista uma que esteja sobressaindo, essa cor eu chamo de cor da surpresa. Sim surpresa! Pois, a cada dia que vivo me surpreendo com algumas pessoas que se dizem piedosas, santas, donas da verdade, puras e imaculadas, que não erram, que são o símbolo de perfeição, que dizem cheias de empáfia: sou mulher ou homem de Deus.
      Diante destas pessoas tão perfeitas tão “santificadas”, fico pasmado, porque em suas atitudes revelam que é o contrario, na verdade são aquilo que Jesus já disse antes: “sepulcro calhados”, hipócritas. Sempre querendo tirar o argueiro nos olhos dos outros e esquecem de tirar a trave que há em seus próprios olhos.
      Acredito ter sido este mesmo sentimento que o Apóstolo Tiago teve ao escrever a carta para todos os cristãos do seu tempo e também do nosso. Nessa carta de Tiago, ele trata de assuntos práticos da vida cristã. Ele fala de pobreza e riqueza, tentação, preconceito, o criticar, orgulho e humildade, oração e fé, o falar e o agir e sobre dominar a língua.
      Tiago nos aponta caminhos para agirmos e vivermos como cristãos, se é que queremos ser cristãos de verdade.
      Permitam-me transcrever trechos do terceiro capitulo da carta de Tiago, pois vejo nele à critica que quero fazer hoje. Vejamos:
      “Meus irmãos, somente poucos de vocês deveriam se tornar mestres na Igreja, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com mais rigor do que os outros. todos nós sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é uma pessoa madura, capaz de controlar todo o seu corpo. Até na boca dos cavalos colocamos um freio para que nos obedeçam e assim fazemos com que vão aonde queremos. Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele é guiado por um pequeno leme e vai aonde o piloto quer. É isto o que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas.
      Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama! A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas. O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição. Meus irmãos isso não deve ser assim. Por acaso pode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga? (Grifo meu), (Tiago 3.1-11).
      Essa pergunta que o Apóstolo Tiago faz vem para mim hoje com um novo brilho, pois, em nossa caminhada existencial encontramos pessoas que conseguem fazer de suas vidas duas fontes, uma de água doce e outra de água amarga. É como se estas pessoas tivessem dentro de si dois reservatórios, utilizando aquele que lhes convém, dependendo da situação usa-se água doce para lhes favorecer, se não o agrada, água amarga.
      Como pode? Diz Tiago em sua carta. Como pode? Digo eu.
      Na verdade não pode! Pessoas que são de Deus têm de Deus para dar, pois os vossos corações estão cheios de graça e amor.
      Quando alguma pessoa te ofender, dizendo coisas que você não é, te humilhando, te denegrindo, te maltratando dizendo: que você não presta, que não vale apena acreditar em você, investir em você, que conversar com você é perca de tempo, ou que você não é digno. Não se surpreenda como eu, lembre-se da Bíblia que é palavra de Deus, e o próprio Jesus encontrou pessoas como essa que eu encontrei em minha caminhada existencial e que você pode encontrar. E Jesus se referindo a essas pessoas disse: “Ninhada de cobras venenosas! Como é que vocês podem dizer coisas boas se são maus? Pois a boca fala do que o coração está cheio.” (Mateus 12.34).
      Aleluia! Que palavra! Jesus é surpreendente em suas colocações! O que Jesus me ensina nesta palavra é que conhecemos as árvores pelos frutos. Ou seja, quando alguém te ofender com palavras, quando alguém te caluniar, te maltratar, dizendo até que você nunca foi salvo, ou que precisa se converter. Tenha em sua mente esta palavra: não é você que não presta, não é você que precisa de conversão, e sim a pessoa que te disse; porque se ela está te maldizendo é porque no coração dela só tem o mal. Não se surpreenda com esses tipos de pessoas que tem até a cara de piedoso(a), mas que não vivi e ainda não teve a experiência da Graça.
      E se isto acontecer com você, não feche o seu coração ou deixe que estas palavras te tornem amargo. Pelo contrário mostre a diferença, ore por esta pessoa, entregue a Deus, pois para ela ainda há perdão, pois para esta pessoa ainda há salvação.

      Pr. Rogério Pinheiro, posso até ser ofendido e humilhado, mas levo sempre comigo a esperança da Palavra de Deus que diz: “o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23.12).
   

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Um Evangelho Carne e Osso!


Há dias em quê nas minhas inquietudes fico a refletir, sobre a maneira com a qual as pessoas defensoras de uma religiosidade exacerbada, e de uma santidade puritana medíocre, de um pseudo-cristianismo que reflete em um evangelho sem graça e sem vida; toma uma grande proporção. Gerando não discípulos de Cristo nosso Mestre maior, mas fariseus em uma versão atualizada. Acusadores, defensores das “LEIS”, do “EVANGELHO”.
Pergunto então que Evangelho é esse? Que cristianismo é esse? Que Deus é esse?
Não consigo crer em um Deus desses homens cheios de empáfia que dizem: excluam, eliminem, tire do corpo porque pecou, ou porque ele é diferente de nós e pensa diferente que nós. Não consigo crer num Evangelho onde fazem acepções de pessoas. Onde o ser humano não pode ser ele mesmo.
Sabe por quê? Porque eu creio em um Cristo que nos ensina a sermos humanos, a vivermos a nossa humanidade com dignidade, seriedade e respeito. Eu creio em um Deus de amor, que ama e nos aceita como somos, humanos e não divinos. Santos enquanto separados por Ele para ajudar o outro no encontro de sua real identidade, e que enxerga no outro a capacidade de transcender ouvindo e vendo no outro o grito de socorro, socorrendo e sendo socorrido, e nesse encontro com o outro vivermos a unidade na diversidade.
Chega de religião, basta, estou cansando, quero Cristo Emanuel, “Deus conosco” que conhece o ser com todos os seus dilemas, dores, mazelas, decepções, erros e acertos, mas que jamais nos abandona, nos deixando sozinhos, porque sabe quem somos.
Somos seres humanos como expressou o apóstolo Paulo: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.  De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Bíblia Novo Testamento: Romanos 7:14-19;24).
Entendeu muito bem Zélia Duncan quando diz em sua música “Carne e Osso”:  
“Alegria do pecado às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divino
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu
E eu gosto de estar na terra cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
Perfeição demais me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso, pra não ser carne e osso.”
Ah queridos somos humanos carne e osso, se entenda como um ser humano. Viva o evangelho mais humano na vida em prol da vida carne e osso.
                                                 
Pr. Rogério Pinheiro, um ser humano de carne e osso.